sábado, 31 de maio de 2008

Técnicas TT

Condução TT

A condução TT é caracterizada por se desenrolar numa grande diversidade de pisos bastante diferente da tipica condução em cidade e asfalto, uma vez que um TT tem características muito diferentes dos restantes veiculos. Assim devemos estar preparados para as diferentes situações com que nos deparamos.

Uma das regras cruciais na condução TT tem a ver com a distância entre veiculos. Seja qual for o tipo de piso em que se conduz, deve-se sempre manter uma distância considerável para o veiculo que circula a nossa frente, pois no caso de ser necessário transpor um obstáculo, o mesmo pode ter necessidade de recuar um pouco. No caso de pisos com muitas pedras, circular muito próximo do veículo da frente pode causar danos no nosso veículo quando essas mesmas pedras saltam com o passar dos veículos, mesmo em velocidades reduzidas. Outra regra do TT diz-nos que nunca nos devemos aventurar sózinhos num passeio com terrenos muito difíceis ( ou mesmo um passeio sem grandes dificuldades ). Normalmente, devemos sempre seguuir num grupo de pelo menos 3 carros. Ainda relativamente a regras de condução, deve-se sempre circular com os médios ligados mesmo durante o dia.

Estas notas não são receitas mas pelo menos ajudam e apresentam-se como uma boa forma de superar os obstáculos. Se não os conseguirmos ultrapassar “ by the book “, uma boa dose de improviso poderá ajudar.

Em Terra

Existem vários tipos de pisos de terra mas, de um modo geral, não exigem demasiados cuidados a não ser evitar danificar a mecânica uma vez que determinados caminhos mais parecem estradas tipicamente portuguesas.

Convém não esquecer que ao circularmos sobre pisos de terra a aderência é reduzida o que provoca o derrapar do jipe. Devemos ter sempre em mente que um jipe tem caracterísicas muito diferentes dos carros normais.

Os cuidados a ter prendem-se com as valas e com o piso que mais parece uma chapa ondulada ( aquele que faz desapertar até os parafusos da cabeça ). Nesta situação é necessário ter em atenção que como a suspensão vaia a trabalhar em demasia, o jipe tem uma grande tendência para derrapar mesmo com tracção às 4 rodas. Assim, a curva mais aberta pode tornar-se numa verdadeira aventura se formos um pouco mais depressa.

Naturalmente encontraremos valas pelo caminho. Se forem pouco profundas devemos atravessá-las o mais perpendicular que pudermos mas, se forem profundas já as devemos passar na diagonal a fim de evitar que o jipe fique pendurado por termos excedido os seus limites dinâmicos. Esta transposição deve ser feita a uma velocidade reduzida e de forma suave . No caso de termos de passar por cima de um tronco de grandes dimensões, também devemos passar na diagonal de forma a que passe uma roda de cada vez por cima do tronco e assim conseguimos ter sempre três rodas em contacto com o solo para fazer tracção.

Se as valas forem no sentido da deslocação do jipe, devemos colocar as rodas de cada lado da vala, pois se colocarmos as duas rodas de um lado dentro dela podemos ficar encalhados se a profundidade da vala for grande uma vez que é possível que se fique com o jipe assente sobre os diferenciais.

Em Lama

Quando as chuvas apertam alguns caminhos transformam-se em lamaçais que poderão ser impossíveis de atravessar. Para podermos enfrentar, com relativa segurança os caminhos enlameados, devemos engrenar as redutoras e seguir a uma velocidade constatante ( não muito elevada ). Se o jipe começar a patinar não devemos insistire recuamos um pouco para tomar balanço. Voltamos a avançar do mesmo modo. Se a extensão do lamaçal não for grande podemos sempre tentar uma travessia em força.

Para isso certificamo-nos que não existem pedras nem nada que possa danificar a mecânica do carro no caminho escolhido e depois é redutoras e prego a fundo .

Como os terrenos não são completamente planos, é natural que em determinadas situções o jipe comece a escorregar para o lado. Assim, não devemos tentar contrariar bruscamente esta tendência mas sim ir controlando suavemente esta deriva do jipe. Quando subimos é que a coisa se pode tornar complicada . Assim, ao ficarmos com falta de tracção, um truque que costuma resultar é o de virar o volante de um lado para o outro enquanto aliviamos o acelerador para evitar que as rodas patinem e assim ganharmos tracção .

Em descidas acentuadas engrenamos as redutoras e deixamos o jipe descer sózinho sem carregarmos na embraiagem nem no travão. Se a inclinação for demasiado grande e o jipe perder tracção, naturalmente vaiganhar velocidade pois vai a escorregar. Nesta altura mantemos o sangue frio e aceleramos até sentirmos que o jipe está a andar porque o motor o está a puxar e não porque vai escorregar. Quando tal acontecer é sinal que ganhamos tracção novamente e agora está na hora de reduzir a velocidade o que se consegue aliviando o acelerador suavemente.

Em Areia

Apesar de ser proibido circular nas parias e dunas não é só aí que podemos encontrar areia. Assim se não tivermos pneus largos do tipo 395 R15 devemos baixar a pressão dos pneus para evitar ficarmos enterrados. Depois é engrenar a 2ª baixa e arrancar suavemente tentando manter uma velocidade constante.

Se o jipe começar a patinar não insistimos e recuamos um pouco para ganhar balanço. Este processo deve ser repetido tantas vezes quantas as necessárias até se conseguir atravessar o areal. Nesta altura é natural que o motor aqueça um pouco pois o esforço é grande e a velocidade diminuta. Para evitar “ atascanços “ devemos controlar a rotação das rodas olhando para elas e, assim que uma começar a patinar, aliviamos um pouco o acelerador para ganhar tracção novamente e depois então voltamos a acelerar suavemente.

Em Pedras

Naturalmente vamos apanhar caminho com bastantes pedras. Para esta situação o melhor é estarmos munidos de compressor de ar ( daqueles que se ligam ao isqueiro ) e enchermos os pneus por forma a aficarem mais rijos e assim sofrerem menos as agressividades deste tipo de terreno.

Desta forma perdemos o conforto mas ganhamos pelo facto de ser mais dificil os pneus sofrerem cortes provocados por pedras pontiagudas. Se tivermos de passar por cima delas sem que batam na parte inferior do carro. Para isto devemos saber qual a altura minima do jipe ao solo.

Se a pedra for de grandes dimensões devemos passar com as rodas de um mesmo lado por cima dela mas com atenção para que o jipe não fique demasiado inclinado lateralmente o que pode provocar um “ capotanço “. Se a pedra for de grandes dimensões que seja necessário subir para cima dela devemos faze-lo na diagonal para evitar que o jipe fique assente de barriga.

Travessia De Cursos De Água

Nestas andanças vamos, com certeza, ter de atravessar cursos de água cuja profundidade pode variar. Para os atravessarmos em segurança devemos, em primeiro lugar, verificar a profundidade do curso de água para que não se tenham surpresas desagradáveis. Como medida de segurança a profundidade máxima deve ser, na pior das hipóteses, um palmo abaixo da entrada de ar para o filtro.

Depois de verificar a profundidade do curso de água devemos entrar suavemente e manter uma velocidade constante por forma a provocar uma onda na frente do carro e desta forma evitar que a água passe por cima do capot.

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