Artigo de opinião.Desde o Ano de 1989 que tenho vindo a acompanhar com regularidade as provas de Todo Terreno realizadas no nosso país e nunca me deparei com tamanha falta de respeito para com o comum dos espectadores, aqueles que saem de casa de madrugada e que passam noites em claro para ver de perto o desporto que gostam e apanhar nas "ventas" o pó e o calor das planícies alentejanas.
Este 1º TT Estoril-Portimão-Marraquexe nasceu condenado à morte.
Divulgação do evento nos media, nada.
Publico Zero, em relação ao extinto Transibérico.
Pilotos poucos.
Desde Alcacer do Sal até Grandola pela estrada que passa pela Comporta, nem uma indicação de onde se podia ver o evento, nem uma simples fita indicativa de que havia prova e não foi por falta de pessoal porque como vim a constatar mais tarde carros da organização eram mais de duas dezenas deles, e muitos topos de gama na classe dos SUV ou dos Crossover, pois é mas esses andavam a passear as "Tias".
Depois de muito penar e reviravoltas e mais voltas lá cheguei ao sitio do SS1, ai deparo-me com a GNR que nada sabia e que estava ali porque foram destacados e mais não sabiam, já pelas oito da manhã eis que chegam os seguranças privados da prova, motivo de riso, esses senhores serviam simplesmente para não deixar passar o publico para o terreno onde se iria realizar a prova, pergunta obrigatória: Então como vou eu ver esta merda???
Como desistir não entra no meu vocabulário vai de saltar cercas e lá cheguei ao sitio de partida, mas sempre escondido dos Seguranças, ai constato para mal dos meus pecados que não havia publico.
Pelas 10:15hm arranca a primeira moto e ás 11:55 o primeiro auto, do publico nem sinal estavam nesta zona 8 fotografos 6 câmaras e vários(muitos) "chupistas" da turma do cróquete que como tem um passe ou um carro da organização julgam ter o rei na barriga.
Não aceito que uma organização deste calibre, Automovel Clube de Portugal, proceda desta forma, como diz um Srº da nossa praça, este foi um evento deles para eles.
Para o ano cá estarei para constatar a dura realidade.
